quarta-feira, 17 de março de 2010

Devocional

Em Mateus 3: 16 e 17 lemos que após do batismo de Jesus, Deus Pai declara sobre ele sua identidade de filho: "Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele. E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo."

Logo em seguida, o mesmo Espírito que havia descido sobre Jesus, o levou para o deserto para que fosse aperfeiçoado."Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto, durante quarenta dias, sendo tentado pelo diabo. Nada comeu naqueles dias, ao fim dos quais teve fome." Lucas 4:1 e 2

Após o jejum de 40 dias, Jesus, como um bom ser humano, sentiu fome e é interessante perceber que a primeira acusação que o diabo lhe investiu foi sobre a sua PROVISÃO... Se Jesus, era filho, por que ele estava com fome? Deus não era pai para suprir as suas necessidades?

"Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães. Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus." Mateus 4: 3 e 4

Em seguida, o diabo tentou a sua CONFIANÇA e SEGURANÇA em Deus: "Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo e lhe disse: Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra. Respondeu-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus." vs. 5 e 6

Por último, o diabo o tentou em seu PODER e AUTORIDADE como filho, "Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto."  vs. 7 a 10

Eu percebi nesses textos que este foi um momento crucial na vida de Jesus, ele acreditou primeiramente em quem Deus, seu Pai, disse que ele era "O filho amado", depois, tudo que era diferente disso, Jesus simplesmente não aceitou. Outro ponto foi que o diabo sempre oferecia algo para Jesus provar quem ele era... E como ele sabia que era filho, não precisava provar nada para ninguém, muito menos pro diabo!

Eu acredito que precisamos tomar cuidado com a nossa tendência capitalista de achar que somos filhos porque nosso Pai espera algo em troca... Nossa relação com Deus não é uma barganha!!!

Mesmo antes de Jesus iniciar seu ministério, ele já era amado, e ainda que não cumprisse seu propósito, ele cuntinuaria sendo filho amado, porque esse é o amor do Pai!!!!

E acho que de tudo isso, o que pra mim foi mais importante... Jesus não apenas sabia que era filho, ele sabia quem era o Seu Pai! Por isso ele soube reconhecer e souber responder à acusação.

Isso é fundamental pra nós nesses dias onde somos provados constantemente, o mundo nos pressiona para caminharmos segundo a a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida (1 João 2: 16), somos provamos em nossa identidade de filhos... Na provisão, segurança, confiança, poder e autoridade (capacidades)....

Por meio de Jesus, temos a mesma natureza de filhos... o que nos ajuda a viver isso é o Seu Espírito... Jesus entendeu sua identidade quando o Espírito veio sobre ele, "Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus." Rm 8:14

Que o Espírito nos ajude a viver isso!!

domingo, 14 de março de 2010

Vencendo o espírito de Pobreza

(Por Rick Joyner. Texto retirado do livro: Quebrando o Poder do Mal)

O espírito de pobreza é uma das fortalezas mais poderosas e mortais que satanás usa para manter o mundo escravo. As fortalezas malignas, que são baseadas em padrões enganosos de pensamento, estão na maioria interrelacionadas e podem ser vencidas somente quando desfazemos toda a sua rede. Manter o povo de Deus oprimido e na pobreza é o intento de muitos dos medos que o inimigo das nossas almas envia contra nós.

Toda a Igreja e cada cristão deve lutar e vencer esse espírito de pobreza a fim de andar nos propósitos para os quais foram chamados. Essa fortaleza é uma das armas de maior sucesso contra os cristãos, o que significa que, ao vencê-la nós conseguimos alguns avanços e sucessos espirituais. Também ganhamos uma posição de autoridade espiritual a partir da qual podemos ser usados para suprir algumas das necessidades mais prementes do mundo. Quando essa fortaleza é derrubada, é como expulsar a escuridão do mais terrível inverno espiritual e ver o mundo florescer na primavera novamente.

Quando pensamos em pobreza, geralmente pensamos em dinheiro, mas o espírito de pobreza pode ou não ter algo a ver com dinheiro. O espírito de pobreza é uma fortaleza estabelecida com o propósito de nos impedir de andarmos na plenitude da vitória conquistada para nós na cruz e na plenitude das bênçãos da nossa herança em Cristo. Isto pode estar relacionado a tudo, desde a qualidade de nossos casamentos até a unção que temos para o ministério, bem como quaisquer outros recursos de que precisamos para o que fomos chamados a fazer.

O objetivo do espírito de pobreza não é apenas nos manter longe das coisas, mas nos manter longe da vontade de Deus. Para isso, satanás pode até nos dar grandes riquezas, mas nossas vidas, não obstante, serão vazias e cheias de preocupações, como se fôssemos pobres.

Nosso alvo de sermos libertos do espírito de pobreza não é apenas para que possamos possuir as coisas que precisamos ou desejamos, mas também para que possamos fazer a vontade de Deus sem impedimento de carência física ou espiritual. Esse espírito é um jugo que se manifesta tanto nos planos natural como espiritual. Portanto, quando somos libertos do jugo do espírito de pobreza, nossa liberdade será manifesta tanto no natural quanto no espiritual. Como o Senhor Jesus foi completamente livre da influência desse espírito, Ele curou os doentes, ressuscitou os mortos e até multiplicou o alimento quando a situação exigiu. Ele sempre foi capaz de atrair os recursos do Céu, o que também deve ser o nosso objetivo. O apóstolo Paulo se refere a essa espécie de caminhada que deveria ser o cristianismo normal em 2 Coríntios 9:8 “E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra.”

Devemos estabelecer em nossos corações e mentes que, como filhos de Deus, Ele quer nos fazer “abundar em toda graça”. Este deve ser um alvo básico na nossa vida – andar em toda graça de Deus disponível por meio da cruz e na presente posição que é acima de todo governo, autoridade, potestade e domínio. Entretanto, uma chave para receber isto é entender que é através da graça, e não algo que possamos adquirir. Está relacionado simplesmente em ter fé em quem Ele é e o que Ele faz.

O objetivo da nossa fé deve ser uma vida de “sempre ter toda suficiência em tudo”. As duas palavras chaves aqui são sempre e tudo. Como cristãos vivendo no Reino. Isso não significa que somos chamados para viver uma vida que nunca conheça a necessidade. Como nos é dito no Salmo 34:10 “Os leõezinhos sofrem necessidade e passam fome, porém aos que buscam ao Senhor bem nenhum lhes faltará”.

Como continua em 2 Coríntios 9:8, devemos ter “abundância para toda a boa obra”. Jesus não supriu todas as necessidades porque não eram a vontade do Pai que ele fizesse isso. Entretanto, nunca houve um que ele não pudesse encontrar por causa da falta de suprimento. Com efeito, assim como multiplicava pão e peixe, ele sempre tinha tamanha abundância que sobrava muito. Ë na verdade uma manifestação do espírito de pobreza o querer somente o suficiente. O Senhor quer que as nossas vidas transbordem.

Se esta abundância e esse transbordar não forem reais na nossa vida é porque algo está fora do lugar – temos uma fortaleza maligna que está nos roubando, chamada espírito de pobreza. Uma das maneiras chaves para quebrar esse espírito de pobreza está enfatizada em 2 Coríntios 9: 6-7.

Um espírito é freqüentemente um outro termo para atitude. Nós liberamos a generosidade de Deus na nossa vida sendo nós mesmos generosos. Se temos uma atitude de apenas sobreviver, então é provavelmente assim que semeamos no Reino – fazendo o suficiente para sobreviver – e essa atitude está diretamente relacionada a como a autoridade do Reino é liberada em nossa vida. O Senhor não nos deu apenas o suficiente: Ele deu abundância, mais do que o necessário. Esta é a atitude que controla aqueles que estão permanecendo nele, que vivem pelo Espírito.

Uma evidência de que fomos verdadeiramente libertos do jugo do espírito de pobreza é a independência financeira, ela significa que somos libertos de todo jugo financeiro de tal maneira que tomamos decisões baseadas na vontade de Deus, não em quanto dinheiro temos. Pode ser a vontade de Deus nós termos muito ou pouco e nos alegramos em ambas situações.

terça-feira, 2 de março de 2010

Pessoas Reais ou Irreais

" Bem aventurados os humildes, pois eles herdarão a terra." (Mt.5:5).

Talvez seja uma das maiores dificuldade do ser humano, é ter uma medida mais precisa de si mesmo. O Apostolo Paulo sugere (Ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter, mas, ao contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu). Pensar acerca de si mesmo, sem ir além nem ficar aquém, creio que é um bom começo para um caminhada cristã abençoada.

O caminho da humildade não reside naquilo que fazemos ou deixamos de fazer, nem mesmo na forma que fazemos ou não, mas, no retrato que temos de nós mesmos, segundo a graça e misericórdia de Deus. Humildade segundo Mateus 5:5, é se preocupar mais com a verdade do que com a própria imagem.

O mundo moderno exige uma postura diferente: Títulos, roupa de grife, influência, uma certa arrogância etc. Mais o que diria Jesus? Reflitamos numa possível resposta do Mestre. Infelizmente existe uma ascensão na escalada da insensatez, que ronda as Igrejas e, isso serve apenas para que aprimoremos nossas máscaras e que vivamos num mundo cada vez mais irreal. Obviamente, uma grande ilusão.

Quando Jesus lavou os pés dos discípulos, lhes causou um grande espanto. Não entenderam quando viram o futuro Rei de Israel, apanhar a bacia e a toalha para lavar os pés sujos e calejados de homens comuns e pecadores. Mas, Jesus o fez porque sabia quem verdadeiramente era e, para que veio. A medida exata de quem eu sou, encontra-se no olhar misericordioso de Deus para comigo. Nem mais, nem menos.

Pr. Álvaro Pacheco (adaptado).

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Atitudes de Grandeza

Creio que Deus colocou o desejo de ser grande no coração de cada um de nós. Tudo o que fazemos na vida deve ter uma meta de sermos grandes nisso. Se formos mãe ou pai, ministro, médico, advogado ou qualquer outra coisa, deveríamos fazer disso nossa meta para sermos o melhor no que fazemos.
Ao procurarmos ser grandes, no entanto, precisamos entender que a idéia de Deus de grandeza e a idéia do mundo são duas coisas muito diferentes. Em Mateus 20:20-28, lemos que a mãe de Tiago e João pediu a Jesus que desse aos seus filhos uma posição de poder, permitindo que eles se assentassem à Sua direita e à Sua esquerda no Reino.
Jesus explicou as diferenças entre liderança no mundo e no reino de Deus. Ele respondeu: ... os príncipes dos gentios são estes dominados, e os seus grandes homens exercem autoridade sobre eles (tirania acima deles). Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande deve ser vosso serviçal (versos 25-26).
Para alcançarmos grandeza no reino de Deus, precisamos, primeiramente, nos tornarmos servos de Deus. Observemos algumas características de servos que são importantes e vão nos ajudar a nos tornar grandes homens e grandes mulheres de Deus.
Em primeiro lugar devemos ser: servos e andar em humildade, Em João 13:4-13, Jesus lavou os pés dos discípulos. Este foi um bom exemplo da humildade para eles, pois lavar os pés de alguém era considerado o mais inferior dos trabalhos para um serviçal de casa.
No verso 14, Jesus diz: Se Eu neste momento, seu Senhor e Mestre, lavei os seus pés, vocês deverão lavar os pés uns dos outros. Assim como Ele veio do céu para nos servir, então nós, como cristãos, estamos no mundo para nos tornarmos como Jesus e servir os outros. Para fazer isso, precisamos:
Andar em obediência: Jesus andou em obediência fazendo tudo o que o Pai disse para Ele fazer, não importando o que custasse. Em Filipenses, 2:8 Ele diz: Ele se rebaixou e humilhou a si mesmo e carregou Sua obediência para o extremo da morte...
Com integridade: A Palavra de Deus nos diz que, apesar de vivermos no mundo, não pertencemos a ele (veja João 15:19). E os caminhos do mundo, freqüentemente, incluem desonestidade e manipulação para se obter grandeza ou liderança.
O problema é que se liderarmos desse modo teremos de manter nossa posição na mesma maneira errada. Entretanto, se focarmos em sermos servos, mantendo nossa integridade e permitindo que Deus nos coloque em posição de liderança, então Ele irá nos manter no caminho certo.
Grandes atitudes fazem grandes pessoas.
Creio que humildade, obediência e integridade são três características-chave que contribuem para construir um grande homem ou uma grande mulher. Se você se humilha diante de Deus, desenvolvendo um hábito de obediência e escolhendo caminhar em integridade em cada área da sua vida, irá se sair bem no seu caminho para mostrar ao mundo o que realmente faz um grande homem ou uma grande mulher.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

O Poder da Perseverança

Esses últimos dias parecem passar mais rápidos que o normal, diversas vezes reclamamos que a vida passa depressa e não temos tempo para nada, temos a sensação de não a vermos passar. Pensamentos como esses nos levam a refletir sobre o que realmente tem acontecido com a humanidade, se esta aceleração do tempo é um fenômeno físico ou se é fruto de um padrão, uma cultura de vida cada vez mais apressada.

A realidade é que sem percebermos, nos acostumamos com uma vida acelerada e imediatista. Esse fato tem se chocado com princípios do reinar de Deus em nossas vidas, um destes princípios é a perseverança.

Segundo o dicionário, a palavra perseverar significa constância, firmeza e o ato de perseverar significa conservar-se firme, constante; ir até o fim sem esmorecer; continuar, durar. Muitos textos bíblicos nos indicam que a perseverança em nós, tem a função de fortalecer nossa fé e não apenas isso, mas de gerar em nós um caráter aprovado por Deus. “...pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança. E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma.” Tiago 1: 2-4.

A função da perseverança é nos tornar maduros e íntegros sem nos faltar nada pois nos indica a atitude de permanecermos constantes e firmes, não esmorecermos, não voltarmos atrás, apenas porque não estamos vendo fisicamente o que achamos que deveríamos estar vendo. A perseverança não nos remete às nossas condições e às situações pelas quais passamos, mas ela deve estar presente em nossas atitudes em todo tempo.

Precisamos perseverar e permanecer inabaláveis naquilo que acreditamos, na verdade de Deus e em Sua palavra. Hebreus 10:35-39 diz: “ Por isso, não abram mão da confiança que vocês têm; ela será ricamente recompensada. Vocês precisam perseverar , de modo que, quando tiverem feito a vontade de Deus recebam o que ele prometeu; pois em breve, muito breve aquele que vem virá, e não demorará. Mas o meu justo viverá pela sua fé. E se retroceder, não me agradarei dele. Nós porém, não somos dos que retrocedem e são destruídos, mas dos que crêem e são salvos.” É nessa posição de firmeza, de fidelidade que devemos permanecer, não em dúvidas que são fruto do nosso egocentrismo e da nossa carne que busca a explicação para tudo, que busca a auto-suficiência e a auto-preservação. Nossa segurança está naquele cuja vida entregamos por completo e nossa direção está em suas palavras, em sua verdade, não podemos abrir mão disso.

Gostaria de indicar a leitura do artigo: Volte ao Caminho em: http://oquedeveserdito.blogspot.com/2009/10/volte-ao-caminho.html



domingo, 27 de setembro de 2009

Parábola dos Talentos

“ E também será como o homem que, ao sair de viagem, chamou seus servos e confiou-lhes os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro dois, e a outro um; a cada um de acordo com a sua capacidade. Em seguida partiu de viagem. O que havia recebido cinco talentos saiu imediatamente, aplicou-os, e ganhou mais cinco. Também o que tinha dois talentos ganhou mais dois. Mas o que tinha recebido um talento saiu, cavou um buraco no chão e escondeu o dinheiro do seu senhor. Depois de muito tempo o senhor daqueles servos voltou e acertou contas com eles. O que tinha recebido cinco talentos trouxe os outros cinco e disse: ‘O senhor me confiou cinco talentos; veja, eu ganhei mais cinco’. O senhor respondeu: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!’ Veio também o que tinha recebido dois talentos e disse: ‘O senhor me confiou dois talentos; veja, eu ganhei mais dois’. O senhor respondeu: ‘Muito bem, servo bem e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!’

Por fim veio o que tinha recebido um talento e disse: ‘Eu sabia que o senhor é um homem severo, que colhe onde não plantou e junta onde não semeou. Por isso, eu tive medo, saí e escondi o seu talento no chão. Veja, está aqui o que lhe pertence’. O senhor lhe respondeu: ‘Servo mau e negligente! Você sabia que eu colho onde não planto e junto onde não semeei? Então você devia ter confiado o meu dinheiro aos banqueiros, para que, quando eu voltasse, o recebesse de volta com juros. Tirem o talento dele e entreguem-no ao que tem dez’.
Pois a quem tem, mais será dado, e terá em grande quantidade. Mas a quem não tem, até o que tem lhe será tirado. E lancem fora o servo inútil, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes.”

Mateus 25: 14-28


A parábola dos talentos, contada por Jesus nos ensina princípios fundamentais da administração de recursos do Pai concedidos aos seus filhos para utilizarem de forma que favoreça o Seu Reino. No início da parábola a distribuição dos recursos do senhor aos seus servos é feita de acordo com a capacidade administrativa de cada servo, certamente já conhecida por parte do senhor. Dos três servos, o primeiro recebeu cinco talentos para administrar, o segundo recebeu dois e o terceiro um. É interessante observarmos a atitude de cada um ao receber os talentos, os dois primeiros servos saíram imediatamente para utilizar o que receberam de forma que beneficiasse seu senhor. O terceiro acreditou que um talento era muito pouco e resolveu escondê-lo num buraco no chão para não correr o risco de perder o talento que havia recebido.

Em termos de quantidade nenhum deles recebeu muitos talentos, o que realmente importava não era o quanto eles tinham, mas como utilizariam o que eles tinham em suas mãos. O segundo servo mencionado recebera muito menos que o primeiro, mesmo assim, não usou de desculpa o fato de ter recebido poucos talentos para utilizá-los da forma incorreta. Ele também aplicou os únicos dois talentos que tinha em mãos e eles se tornaram quatro talentos, este servo foi considerado bom (aquele que possui todas as qualidades próprias à sua natureza ou função) e fiel (aquele que cumpre firmemente e sem inconstância o compromisso assumido) tornando-se participante da alegria do seu senhor.


O servo considerado mau (aquele que não é de boa qualidade e acarreta prejuízos) e negligente (aquele que é descuidado e trata com desleixo) teve a mesma oportunidade dos demais, e ao contrário deles, considerou mais importante o que tinha e não a maneira correta de utilizar. Imagino que este servo deveria pensar: “O que eu posso fazer com um talento apenas? Talvez se eu tivesse um pouco mais aí sim eu poderia usá-los!” O que ele não compreendeu era que seu senhor não havia confiado seus bens para a eles pertencerem, mas para ensiná-los a cuidar do que era seu da maneira correta e se eles aprendessem com o pouco colocado em suas mãos estariam preparados para serem donos de tudo o que o senhor tinha juntamente com ele (vers.21 e 23).


Vejo que este senhor estava provando a fidelidade e o amor deles, pois a maneira como cuidamos do que não nos pertence mostra nossas verdadeiras motivações e intenções, mostra se somos fiéis apenas a nós mesmos ou se sabemos cumprir com aquilo que assumimos. No caso deste servo mau, foi provado que ele era egoísta e não amava seu senhor. Ele pensou apenas no que poderia trazer prejuízo a si mesmo e decidiu enterrar seu talento na terra, nas coisas deste mundo que não trazem nenhum retorno ao senhor. Por isso o que ele tinha em suas mãos, ainda que apenas um talento, se tornou em nada porque ele teve medo de usar em favor do senhor e acabar sem nenhum talento em suas mãos (vers. 29). Além de ser considerado mau e negligente ele foi chamado de servo inútil! (vers. 30)


Um dos nossos embaraços mais complicados que nos impedem de correr a carreira que nos é proposta em Cristo são as dificuldades financeiras. A razão delas acontecerem não está relacionada à quantidade de recursos que temos em nossas mãos, mas à nossa atitude ao utilizá-los, se eles servirão para nos tornar mais ricos segundo os padrões econômicos deste mundo ou se serão investidos de modo a multiplicarem-se e trazerem grandes benefícios ao Reino de Deus.


Assim como aquele senhor que confiou seus bens aos seus servos para que eles aprendessem a administrá-los e para provar quem dentre eles seria fiel ao senhor e não aos recursos. Hoje o Pai confia seus recursos a nós (uma vez que reconhecemos que absolutamente tudo que está em nossas mão pertence a ele) para os administrarmos, tendo o cuidado de julgar o servo mau e acabar agindo como ele, pensando que o que temos em nossas mãos é muito pouco. Se investirmos no Reino corremos o risco de ficar sem recurso algum e ainda esperando algum dia ter mais recursos para então pensar no que poderemos ajudar! Precisamos estar atentos para não enterrar o que Deus nos dá nas coisas deste mundo as quais trazem aparente segurança para o nosso eu e nenhum benefício para o nosso Senhor. Deus coloca em nossas mãos aquilo que temos a capacidade de administrar. Se usarmos essa capacidade nos submetendo à sua vontade e à orientação do seu Espírito, a multiplicação do que temos em nossas mãos acontecerá naturalmente para o Reino. E assim, quando este Reino for estabelecido sobre a terra participaremos da alegria do nosso Senhor e reinaremos com Ele.


Como utilizar os recursos confiados a nós de forma correta para o Reino? Logo após da parábola dos talentos encontramos essa resposta em Mateus 25: 31-46 onde Jesus nos ensina que aquilo que temos em nossas mãos deve ser investido de acordo com as necessidades que virão diante de nós, entendemos que não somos o fim para esses recursos e não temos o direito de enterrá-los, somos meio legal através do qual o Senhor manifesta a sua vida, seu caráter, seu poder. Precisamos ser servos bons e fiéis ao nosso Senhor e não ao que temos em nossas mãos para realizar a sua obra.




quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Qual a razão do nosso trabalho?

“ Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo.”


João 6:27

Após serem alimentados com apenas cinco pães e dois peixes, muitos dentre aquela multidão creram em Jesus como o profeta que devia vir ao mundo e assim que ele partiu da cidade aonde estavam, eles foram atrás dele. Ao perceber que o estavam seguindo, imediatamente Jesus confrontou a motivação deles afirmando que eles o estavam procurando não por uma revelação de quem era Jesus, mas por causa dos pães que haviam comido no dia seguinte o qual suprira suas necessidades. Em seguida, a palavra dada a eles é “... Não trabalhem pela comida que se estraga, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do Homem lhes dará...” (Jo 6:27)

É interessante pensar um pouco sobre o que representa o trabalho e a comida. Por trabalho, entende-se todo o esforço empregado para um fim determinado e de modo geral, esse fim é o sustento, ou seja a comida que é fundamental para que uma pessoa possa sobreviver. Todas a pessoas trabalham a fim de que haja sustento em suas casas e o próprio sistema econômico no qual estamos inseridos como sociedade, exige isso de cada cidadão. Sem trabalho não há sustento! Aquelas pessoas que estavam correndo atrás de Jesus conheciam bem essa realidade e também buscavam seu sustento a cada dia. Como deveriam ter ficado maravilhadas quando viram o que Jesus fizera com coisas como pães e peixes, pelas quais eles trabalhavam todos os dias! Antes da multiplicação é relatado que o pagamento por duzentos dias de trabalho não seria suficiente para comprar comida para todos os que estavam presentes (Jo 6:7). Não se sabe ao certo se cinco pães e dois peixes eram suficientes até mesmo para alimentar uma única família. Mas Jesus mostrou àquelas pessoas que sua maneira de pensar sobre trabalho e sustento não era a mesma delas.

A mentalidade daquelas pessoas as levava a pensar que todo o seu trabalho deveria ser para garantirem seu sustento. Jesus afirma que onde estavam investindo seus esforços era perecível, seu trabalho deveria ser motivado pelo sustento que permanece para sempre e é garantido pelo próprio Deus. A palavra de ordem não era para que deixassem de trabalhar, mas para que passassem a trabalhar com um novo entendimento.

No decorrer do diálogo, eles afirmam que seus antepassados foram sustentados com o maná no deserto e este vinha do céu, mas Jesus afirma “... Não foi Moisés quem lhes deu pão do céu, mas é meu Pai quem lhes dá o verdadeiro pão do céu. Pois o pão de Deus é aquele que desceu do céu e dá vida ao mundo.” (Jo 6:32,33) Mais uma vez eles insistiam na antiga maneira de pensar porque o maná era o símbolo da provisão mas não tinha durabilidade e tinha o objetivo de suprir necessidades naturais. Jesus lhes apresentava uma nova maneira entender o que realmente era importante: O verdadeiro pão dado por Deus, aquele que passasse a trabalhar por esse pão não passaria mais nenhum tipo de necessidade. (Jo 6:35)

Isso nos leva também a perguntar pelo quê temos trabalhado, pela comida que supre nossas necessidades somente hoje, ou pela comida que permanece para sempre e supre todas as nossas necessidades de uma vez por todas? Podemos nos perguntar ainda se nossos esforços têm sido aplicados naquilo que perece ou naquilo que dura para sempre. Jesus nos ensina que não vale a pena acumular (esforçar-se continuamente) tesouros (representação de valores) segundo os padrões da terra, porque eles representam bens materiais, os quais se perdem com o tempo, são destruídos pela própria natureza e podem ser simplesmente tirados de nós porque pertencem a esse mundo. Mas aquilo que realmente vale a pena investir está de acordo com os padrões eternos de Deus, segundo a sua mentalidade, segundo sua perfeita vontade, não podendo ser destruído nem roubado... “ Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração.” (Mt 6:21)

Jesus entendia que aquilo que ele precisasse para cada dia, o Pai lhe daria (Mt 6:11) e que era necessário trabalhar, segundo a lei, para ter sustento, mas ele nos ensina que o nosso coração não precisa estar no sustento porque, se isso acontecer estaremos desperdiçando nossos esforços por coisas que não merecem o valor que damos a elas. O que realmente vale a pena é trabalhar com o nosso coração naquilo que é eterno, trabalhar para que a vontade de Deus seja feita e o propósito dele se cumpra na terra. Pois somente o Seu reino permanecerá eternamente!